GUERRA HÍBRIDA { I }






Guerra híbrida é uma guerra não-declarada, 
assimétrica, 
oculta, 
complexa, 
mental, 
que pode combinar ataques políticos, 
econômicos, 
especulativos, 
financeiros, e 
eventualmente ações armadas, 
como a violência contra ministérios em Brasília, ocorrida dia 24 de maio.




Na guerra híbrida, o agressor é complexo, não está necessariamente preso a um país, envolve-se em uma nuvem e dificulta a sua identificação.


A guerra híbrida poderia ser chamada de "guerra difusa" e inclui uma ênfase na desinformação, com a meta de confundir a nação que está sendo atacada.


Os livros de James Rickards - entre outros autores - ajudam a compreender o contexto em que a guerra híbrida hoje parece alastrar-se.


Vários países, como nações, vêm sendo alvos de guerra híbrida.


O Brasil está diante de 2 candidaturas messiânicas: 


PT X PSL.

Ambas promotoras da política como guerra, e política NÃO é guerra.

O messianismo do PT já provou a que veio e dispensa comentários.


O messianismo do PSL, o tempo mostrará a que veio.


Há 2 aspectos teórico-técnico (simbólico e estratégico) presentes na campanha bolsonarista e no fenômeno social do bolsonarismo cujos estudos são fundamentais para se perceber parte do quadro histórico do Brasil atual:


o messianismo político + guerra híbrida.

O artigo “Comunicação de Bolsonaro usa tática militar de ponta”, de Guilherme Seto, publicado na Folha de São Paulo dia 14/10/18 traz alguns dados de pesquisa do antropólogo Piero Leirner, professor da Universidade Federal de São Carlos que estuda instituições militares há quase 30 anos.


Afirma Leirner “que a comunicação de Bolsonaro tem se valido de métodos e procedimentos bastante avançados de estratégias militares, manejados de maneira “muito inteligente, precisa, pensada”.


Não se trata exatamente de uma campanha de propaganda; é muito mais uma estratégia de criptografia e controle de categorias, através de um conjunto de informações dissonantes”, explica Leirner.


É parte do que tem sido chamado de ‘guerra híbrida’:
um conjunto de ataques informacionais que usa instrumentos não convencionais, como as redes sociais, para fabricar operações psicológicas com grande poder ofensivo, capazes de ‘dobrar a partir de baixo’ a assimetria existente em relação ao poder constituído”.



Há diversos recursos de “guerra híbrida” utilizados nessa campanha:
a disseminação sim de fake news contra oponentes políticos, etc; o assassinato de reputação de jornalistas, intelectuais e grupos de militância civil; as “contradições” entre o candidato, seu vice e o poste Ipiranga; as fabricações de operações psicológicas; a disseminação de uma ideologia fabricada de “direita”; o ambiente de dissonância cognitiva; o carisma messiânico; a identificação popular com o símbolo do messias; o comportamento de “emblema” assumido pelo povo; a transferência de poder das instituições para o messias e seu grupo, etc.


Há um claro DESLOCAMENTO DE PODER carregado de fortíssima carga SIMBÓLICA.


O “amadorismo” de comunicação do candidato está longe de ser ingênuo.


Qualquer antropólogo e historiador constataria esse quadro.


No entanto, paira no ambiente um silêncio avassalador.


Raros, raros mesmo, tem metido a mão nessa cumbuca.


E dentre estes, NINGUÉM da suposta auto-intitulada “direita” ousa fazê-lo, por razões óbvias: ficaria evidente que esta “direita cristãn” usa das mesmas táticas e métodos da esquerda, com um agravante, negando que faça uso delas ou pior alegando que precisa fazer uso “em parte” porque está numa “guerra assimétrica”.


O Brasil já teve de lidar por longos anos com a esquerda transformando a política em guerra.


 Agora, a “direita” também entrou no mesmo caminho.


Tal ambiente está longe de favorecer ao país, mas favorece muito bem às oligarquias mafiosas.


Está implantado um cenário de guerra fria dentro do Brasil que vai sobreviver às eleições e por muitos anos.


Será preciso criar um movimento de RESISTÊNCIA à esses lados que transformaram a política e a cultura em guerra com vistas a tomada de poder.


O Brasil vive uma crise institucional ou uma crise política?


Uma crise institucional se soluciona simplesmente vendendo estatais, implantando autocracia ou melhorando os mecanismos institucionais?


Uma crise política se soluciona fazendo reforma partidária ou banindo partidos?


O Brasil é o país das confusões e sobretudo, o país da fraude das soluções.


As pessoas não se levam à sério e portanto, não levam as IDÉIAS à sério.


Mesmo assim, as pessoas acham que o Brasil tem "futuro".


Jair Bolsonaro NÃO é um mero boquirroto como ele mesmo, seus fanáticos militantes e a mídia estão vendendo.


Toda a famiglia ameaça publicamente, na cara dura e à luz do dia as instituições brasileiras e diversas pessoas.


Além deles, os coturnos dos militares eleitos também tem feito declarações no mesmo sentido. 


Estão todos chutando a porta, em nome da "moral e da limpeza".


Da limpeza "ética" agora estão jurando "limpeza étnica", porque a única "raça" que vai poder viver no Brasil é a que for aliada deles.


Eles não meros boquirrotos.


Esse comportamento é mafioso.


As maiores bizarrices desse tipo, seus familiares e conluidados passam como "brincadeirinha".


E o argumento beira ao ridículo:
"se o PT fez e ninguém fez nada eu também tenho o direito de fazer".


Nem o PT nem a falsa "direita" tem o direito de fazer o que é errado, não.


O Brasil foi imerso num desejo de sangue e de guerra.

É o que teremos.



A "desculpa" é o PT. 


MENTIRA! MENTIRA! MENTIRA!


Nem o PT ousou fazer o que essa gente cínica da "direita cristãn" está prometendo.


É preciso RESISTIR ao que vem por aí.


POLÍTICA NÃO É GUERRA.


 Como no Brasil poucos sabem o que é política e confundem com política partidária a coisa vai de mal a pior.


O PT (José Dirceu mais precisamente e não Lula) inaugurou a estratégia da política como guerra.


Trata-se de uma estratégia.


Agora, já não bastasse esse descalabro assassino da Nação, a falsa direita messiânica também enveredou nesse rumo.


Duas facções messiânicas irresponsáveis que lutam pelo poder e vão mergulhar o país numa longa guerra fria.


O descalabro mal começou.




O AUTORITARISMO 
E A DESCOMPOSTURA DE JAIR BOLSONARO

Jair Bolsonaro e sua campanha conduzida na base da GUERRA HÍBRIDA + MESSIANISMO POLÍTICO fez um vídeo neste domingo de um local que parece a área de serviço de uma casa (a sua? ) falando disparates que nem o Lula foi capaz de fazer antes de seu primeiro mandato. 



O “ambiente de lavanderia” com roupas secando ao sol ao fundo teve o claro propósito de mostrá-lo como “homem do povo”, como “pessoa simples”, “familiar” e “honesta”. 



“Lavanderia” é onde se “lava roupa suja” e o candidato messiânico da “direita cristãn” quis “dialogar” com seus eleitores num tom claramente paternal e íntimo afirmando, entre outras LOUCURAS, que vai cassar, perseguir, prender e exilar “oponentes políticos” ligados ao PT. Sua platéia de vampiros sociais foi ao delírio.



Acontece que a concretização de tais bravatas só seriam possíveis se o candidato desse um auto-golpe (como afirmou seu vice Mourão) e se transformasse num tiranete tupiniquim da república militar-maçônica que representa sua candidatura, pois, segundo ainda vige as leis do Brasil somente o Judiciário pode “cassar mandatos, exilar e prender pessoas”, e isso em comum acordo com o Legislativo. 




Quanto a “perseguir” adversários políticos tiranetes acéfalos fazem por si mesmos e de fato prescindem dos outros poderes da República.



A fala do candidato a tiranete não é um evento isolado, muito pelo contrário. 



Além disso, ela vem acompanhada de várias ameaças públicas que generais, coronéis, deputados eleitos, militantes, o guru da “direita cristãn”, etc, tem feito publicamente contra tudo e contra todos. 



Ou seja, o alvo deles não é só o PT mas sim TODOS que ousarem discordar da “nova elite intelectual e política” nacional.



Portanto, a oposição ao PT é um mero pretexto para conquistar eleitores indignados com os desmandos políticos do Brasil. 



Trata-se, na realidade, de mera retórica que esconde um projeto obscuro de poder e de hegemonia cultural que tem servido como mero trampolim para a concretização do projeto de tomada de poder por uma ala maçônico-militar. 




Priscila Garcia expressou isso com clareza ao afirmar que “categorizar um adversário político como “inimigo do ESTADO NACIONAL” é parte essencial do modelo ESQUERDISTA. 



Significa a porta aberta para a criminalização do “DELITO DE PENSAMENTO””. 



O discurso da FALSA “direta cristãn” é o MESMO da esquerda que ela jura que está combatendo: 
perseguir, matar, metralhar os que pensam diferentes deles, os auto-intitulados eleitos, os puros, os arautos da moral e dos bons costumes. 



Democracia é uma palavra e uma IDÉIA que passa ao largo e ao longe desses ESQUERDISTAS travestidos de “direita”.



Jair Bolsonaro (e seus filhos) estão longe de serem meros boquirrotos fanfarrões. 



Essa gente repete e reafirma há tempos a mesma retórica autoritária, com o agravante de se venderem “como do Bem”. 



O que seria desta candidatura sem o PT como bode expiatório? 



Nada, pois, até o momento o messias da “direita” não apresentou nenhum projeto para o Brasil (as palavras soltas do power point apresentado como “projeto de governo” são um deboche e um insulto a inteligência de um anelídio). 




Jair Bolsonaro será eleito não por seus méritos intrínsecos (pois nunca provou que os tem), mas, sim porque o Brasil está com ojeriza do PT.



O Brasil entrou numa dissonância cognitiva sem precedentes. 



Somente uma nação entorpecida pode achar “normal” um candidato a presidente jurar de morte, de exílio e de perseguição seus “oponentes políticos”. 



Nos EUA ou na Europa esse vídeo teria enterrado essa candidatura farsante. 



Mas o Brasil desde 1822 não é um país sério.




A descompostura desse tipo em nada está a dever à do Lula e Dilma. 



As descomposturas do Lula e da Dilma eram um escárnio para a Nação e muitos aplaudiam e validavam. 



Agora, acontece o mesmo com o tiranete da “direita”: 
tudo se admite e permite em prol de “matar adversários”, como se essa idéia, em si mesma, fosse defensável. 



Esses dois partidos messiânicos (PT X PSL) transformaram a política em guerra. 



Esses irresponsáveis vão arrastar a Nação para uma longa guerra fria por muitos anos, independentemente de quem vença a eleição.



Jair Bolsonaro é 
o CAVALO DE TRÓIA do PT.


É preciso criar um movimento de RESISTÊNCIA a ambos os messias e suas propostas apocalípticas. 



A existência deles é feita em cima do cadáver da Nação.




O Brasil está sendo enganado pela oitava vez.





























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